Colo do Útero
O colo do útero, conhecido também como cérvix, é a parte inferior do útero que se comunica com o canal vaginal. O câncer neste órgão é também conhecido como câncer cervical.
A causa direta da doença é a infecção pelo HPV – papilomavírus humano, transmitida através do ato sexual. Quase todos os casos da doença são devido a um dos 15 tipos de HPV com potencial de câncer, como o HPV-16 e o HPV-18, os mais comuns.
Ao contrário do que muita gente pensa, a inflamação no colo do útero não significa necessariamente que a mulher está com câncer. Apesar disso, pode ser um sinal de infecção por HPV. Por isso é importante investigar o problema e tratá-lo com urgência.
Sintomas
Em seu estágio inicial, o câncer de colo do útero pode ser assintomático. Alguns sintomas que já podem sinalizar a evolução da doença são:
- Sangramentos fora do período menstrual
- Sangramentos ou dor durante e/ou após o ato sexual
- Secreção vaginal anormal
- Dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais em casos mais avançados
Fatores de risco
- Ser mulher com mais de 25 anos
- Infecção pelo HPV – papilomavírus humano
- Tabagismo
- Dieta pobre em vitaminas
- Doenças que levam à imunodeficiência, como a infecção por HIV
Detecção
Para diagnosticar a doença precocemente, é importante fazer regularmente a colposcopia, análise detalhada da vulva, vagina e colo do útero; e o Papanicolau, exame preventivo do câncer cervical. É por meio deles que se detectam as lesões pré-malignas e alterações celulares pela infecção do HPV – papilomavírus humano.
Depois dessas avaliações, diante da suspeita do câncer, o médico realiza uma biópsia para um diagnóstico definitivo. Ele identifica o tamanho, localização e extensão do tumor. Exames de imagem também podem ser úteis nessa fase para determinar a invasão ou não do câncer para outros órgãos e tecidos, a metástase. Neste caso, podem ser incluídos a tomografia computadorizada ou ressonância magnética de pelve, cistoscopia, proctoscopia e urografia intravenosa.
Tratamento
A extensão, o tamanho do câncer cervical, além de fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos, é o que determina o tipo de tratamento. Entre as opções mais comuns estão a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia.
Lesões pré-cancerosas podem ser submetidas apenas a uma cauterização pelo ginecologista. Já as lesões malignas, detectadas precocemente, podem ser tratadas com a conização, remoção de uma parte do útero em forma de cone. Este procedimento preserva a capacidade gestacional da mulher.
A cirurgia só é indicada quando o carcinoma está no colo do útero. Pode ser do tipo mais conservadora ou retirar completamente o órgão, a histerectomia.
A radioterapia externa, combinada com a interna — braquiterapia —, pode ser utilizada como opção à cirurgia em alguns casos. Ela tem se mostrado uma alternativa eficaz para destruir as células do câncer e diminui o tumor. A modalidade funciona ainda como tratamento complementar após o procedimento cirúrgico.
A quimioterapia, normalmente associada à radioterapia, é indicada para pacientes com doenças em estágios mais avançados ou ainda para pacientes que apresentaram recidiva após o tratamento inicial.
Prevenção e hábitos saudáveis
- Realizar o exame de Papanicolau periodicamente
- Vacinação de meninas contra HPV – papilomavírus humano
- Usar camisinha nas relações sexuais
- Não fumar
- Ter uma dieta balanceada
- Moderar a ingestão de bebidas alcoólicas
- Praticar atividades físicas regulares
Prognóstico
Quando diagnosticada precocemente, as chances de cura do câncer de colo do útero são de 100%.
Depois do câncer de mama, o tumor de colo uterino é o segundo câncer que mais atinge as mulheres no mundo.