Próstata
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que se localiza na parte baixa do abdômen, abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela produz e armazena parte do líquido seminal, que juntamente com os espermatozoides, compõem o sêmen.
O aumento observado nas taxas de incidência do câncer de próstata pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos, pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento da expectativa de vida da população.
Sintomas
O câncer de próstata, em estágio inicial e até em algumas fases mais avançadas, pode ser assintomático. Nos pacientes que apresentam sintomas, os sinais podem ser semelhantes àqueles associados ao crescimento benigno da próstata, como:
- Dificuldade para urinar
- Gotejamento final prolongado
- Dor ou ardor para urinar
- Frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite
Em fases mais avançadas:
- Sangramento na urina ou no esperma
- Dor óssea, principalmente nas costas
- Retenção urinária
- Insuficiência renal
Fatores de risco
- Ter mais de 50 anos
- Histórico familiar de câncer de próstata
- Ser negro
- Dieta pobre em verduras, vegetais e frutas, mas rica em gorduras
- Obesidade
- Sedentarismo
Detecção
O diagnóstico do câncer de próstata é feito pelo exame clínico – toque retal – e pelo rastreamento sanguíneo do PSA – antígeno prostático específico, produzido pela próstata. Alterações ao toque retal, como a presença de nódulos, áreas endurecidas ou irregulares; e elevações do PSA, podem sugerir a existência da doença.
Diante da suspeita de câncer de próstata, geralmente é indicada uma biópsia através de ultrassonografia transretal para confirmação diagnóstica. Uma vez que o diagnóstico esteja estabelecido, exames adicionais como a cintilografia óssea, a tomografia computadorizada de pelve e a radiografia simples de tórax podem ser realizados para avaliar a extensão da doença no organismo.
Tratamento
O tratamento do câncer de próstata é feito de acordo com o tamanho do tumor, estágio da doença e as condições de saúde do paciente. A definição deve ser individualizada, depois da conversa entre médico e paciente sobre os riscos e benefícios de cada modalidade. Os tratamentos podem ser combinados ou não entre si.
A cirurgia, a radioterapia e a braquiterapia podem ser utilizadas de forma isoladas, com boas taxas de cura. A intervenção cirúrgica pode ser parcial ou total — prostatectomia radical — quando há a remoção completa do órgão. Após a cirurgia, alguns pacientes passam por sessões de radioterapia para a diminuir o risco de recidiva da doença.
A hormonioterapia pode ser utilizada antes, durante e/ou após o tratamento daqueles que são submetidos à radioterapia. O objetivo é diminuir as chances do câncer voltar.
Já a quimioterapia pode ser indicada para pacientes com alto risco de recidiva, para casos em que há acometimento de outros órgãos — metástase — e nos quais a hormonioterapia isolada já tenha sido empregada.
Em alguns casos especiais, como os de idosos com tumor em estágio de lenta evolução, pode ser considerada a opção menos invasiva de observação clínica.
Depois do tratamento, é recomendado ao paciente fazer o acompanhamento periódico com exames físico e complementares, que podem incluir a dosagem de PSA e outros, a critério do médico. Algumas vezes a recidiva do câncer de próstata não é visível e somente pode ser diagnosticada pela elevação sequencial e progressiva do PSA.
Prevenção e hábitos saudáveis
- Não fumar
- Moderar a ingestão de bebidas alcoólicas
- Ter uma dieta balanceada
- Fazer atividades físicas regulares
Prognóstico
Alguns cânceres de próstata se desenvolvem de forma mais rápida e se espalham para outras partes do corpo, levando à morte. Mas grande parte cresce de forma lenta – levando cerca de 15 anos para chegar a 1cm³.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.