Grupo Oncoclínicas e Unimed-Rio são os novos donos do Hospital Fundação do Câncer, no Méier

Grupo Oncoclínicas e Unimed-Rio são os novos donos do Hospital Fundação do Câncer, no Méier

O Grupo Oncoclínicas e a Unimed-Rio se uniram para reabrir o Hospital Fundação do Câncer, que passará a se chamar Hospital Doutor Marcos Moraes, em homenagem ao ex-diretor do Instituto Nacional do Câncer.

Além de referência em oncologia, com tratamentos como quimioterapia e radioterapia, o hospital geral atenderá a diversas especialidades, tendo capacidade para mil consultas e 420 cirurgias por mês.

Confira a matéria na íntegra clicando aqui

Grupo Oncoclínicas e Unimed-Rio são os novos donos do Hospital Fundação do Câncer, no Méier

Fechado desde o início do ano, o Hospital Fundação do Câncer, no Méier, reabriu nesta terça-feira sob nova direção. A unidade — com 80 leitos e capacidade para mil consultas e 420 cirugias por mês — foi comprada pelo Grupo Oncoclínicas, o maior do setor na América Latina, e vai ter gestão da Unimed-Rio.

Nenhuma das duas empresas fala sobre o valor da aquisição. No mercado, há rumores de valores bastante dissonantes, que vão de R$ 40 milhões a R$ 100 milhões.

O negócio prevê a aquisição de 49,99% da participação do hospital pela Unimed-Rio ao longo de uma década. O acordo é que o pagamento será feito com o lucro do negócio.

Se o percentual alvo não for alcançado ao fim de dez anos, será feito um acerto de contas com atualização monetária do investimento. No entanto, não haverá incidência de juros.

Em três meses o hospital deve mudar de nome, homenageando o idealizador do Hospital Fundação do Câncer,  o médico Marcos Fernando de Oliveira Moraes.

Oncoclínicas e Unimed-Rio são parcerias desde o início de 2013, quando se tornaram sócias do Centro de Excelência de Oncologia (Ceon), na Barra. Em 2019, a clínica realizou 57 mil atendimentos.

O grupo tem outras duas unidades de atendimento no Rio, em Ipanema e Botafogo, somando ao todo 69 espalhadas por 11 estados do país.

Apesar da ênfase no tratamento oncológico, a unidade do Méier é um hospital geral e atenderá a vários planos, além dos clientes da Unimed-Rio. O grupo já tem parcerias com outros hospitais gerais para o atendimento de seus pacientes, mas esse é o primeiro de sua propriedade.

— O hospital geral nos permite atender os pacientes oncológicos de forma integral, da consulta aos tratamentos de quiometerapia e radioterapia até a cirurgia. Foi um negócio de oportunidade, o hospital já era muito bem montado, e o investimento maior agora será de treinamento dos profissionais para um atendimento de excelência — diz Bruno Ferrari, fundador e presidente do Grupo Oncoclínica.

Ferrari destaca que o crescimento do grupo, que completa dez anos este ano, foi feito a partir de parcerias:

— Está no DNA da Oncoclínicas o trabalho colaborativo com outros grupos. Nós estamos sempre olhando oportunidades, e não paramos de fazê-lo durante essa crise. Nossa sociedade com a Unimed-Rio é estratégica, já que a cooperativa tem a expertise na gestão hospitalar.

Para Romeu Scofano, presidente da Unimed-Rio, essa nova parceria com a Oncoclínicas é uma sinalização importante da força da marca da cooperativa carioca.

— É um importante crescimento da plataforma de serviços da cooperativa, aumentando a credibilidade e valorizando a marca da Unimed-Rio — destaca Scofano.

Em direção fiscal pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), desde 2015, a Unimed-Rio tem enfrentado uma série de dificuldades financeiras que resultou numa assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com Ministério Público, Defensoria e ANS, em 2016.

O acordo determina condições e metas que devem ser cumpridas pela cooperativa, de forma a dar possibilidade de recuperação a operadora e garantir o atendimento dos beneficiários. No ano passado, o TAC foi renovado por mais cinco anos.

— Nos últimos quatro anos, conseguimos reduzir a divída bancária em 76%, quitando R$ 385 milhões que devíamos a bancos, vendemos a sede da empresa na Barra, aumentamos a nossa provisão técnica na ANS de R$ 65 milhões para R$ 214 milhões e recuperamos nossa carteira de clientes, chegando a 740 mil usuários em julho — diz Scofano.

O principal ativo da cooperativa, no entanto, o hospital, da Barra da Tijuca, ainda continua à venda. E a Unimed-Rio ainda ocupa o terceiro lugar no rol das operadoras mais reclamadas na ANS.

— Não tem problemas de assistência, creditamos os números de reclamações ao perfil da nossa carteira, basicamente de planos individuais, que têm um perfil muito mais questionador — pondera o presidente da Unimed-Rio.

Clique aqui e fale direto com a OCPM