Fígado
O fígado faz parte do sistema digestório e tem a função de metabolizar e armazenar nutrientes. O câncer de fígado origina-se do principal tipo de célula presente no órgão, o hepatócito. Por isso, também é conhecido como hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular. Outros tumores malignos mais raros, que se originam no fígado, incluem o colangiocarcinoma, dos dutos biliares do fígado, o angiossarcoma, dos vasos sanguíneos do órgão, e em recém-nascidos e crianças o hepatoblastoma.
O hemangioma, espécie de nódulo no fígado, é um tumor benigno que na grande maioria dos casos não requer tratamento médico.
Sintomas
Em seu estágio inicial, o câncer de fígado pode ser assintomático. Entre os sinais para se manter alerta estão:
- Perda de apetite
- Emagrecimento
- Mal-estar
- Dor abdominal, especialmente na região superior direita do abdômen
- Aumento do tamanho do fígado
- Ascite, acúmulo anormal de líquido em torno dos órgãos abdominais
- Icterícia, coloração amarelada da pele e mucosas
Fatores de risco
- Ser homem
- Ter entre 60 e 70 anos
- Ter hepatite viral, especialmente os tipos B e C
- Doenças hereditárias que acometem o fígado
- Cirrose associada ao alcoolismo
- Ter esquistossomose
- Obesidade
- Uso de esteroides anabolizantes
- Exposição à aflatoxinas, substância cancerígena presente em alimentos contaminados por certo tipos de fungos, como Aspergillus flavus e parasiticus
O tumor também pode ocorrer em pacientes mais jovens, entre 30 e 50 anos. Nestes casos, trata-se de um tipo especial denominado fibrolamelar, que é menos agressivo do que o convencional.
Detecção
O diagnóstico do câncer de fígado é realizado, especialmente, através de diferentes tipos de exames de imagem, como a ultrassonografia hepática, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética do abdômen.
Quando os exames de imagem são muito sugestivos e existe a elevação do marcador denominado alfa-fetoproteína, não há necessidade de biópsia. Essa substância é produzida por 40% a 70% dos fígados acometidas pelo câncer. A ultrassonografia tem exatidão de 90% na identificação da doença.
Exames de sangue também são importantes durante a avaliação do paciente, já que demonstram a presença de proteínas liberadas pelos tumores hepáticos.
Tratamento
A remoção cirúrgica do tumor é a mais indicada quando a lesão é pequena, restrita a uma parte do fígado, ou quando é possível manter a função hepática. Há casos mais graves que demandam a realização de um transplante do órgão.
Outras formas de tratamento do câncer envolvem técnicas para destruição local do tumor. Há a administração, diretamente no interior do tumor, da quimioterapia intra-arterial, da radiofrequência, do etanol ou da quimioterapia com uma substância oclusiva de vasos sanguíneos, a quimioembolização.
Drogas alvo moleculares também têm sido utilizadas para o tratamento de determinadas apresentações do câncer de fígado, com resultados superiores aos obtidos com a quimioterapia.
Após o tratamento, é recomendada a realização periódica de exames físicos e complementares, que podem incluir a ultrassonografia, a tomografia e a ressonância magnética.
Prevenção e hábitos saudáveis
- Moderar a ingestão de bebidas alcoólicas
- Ter uma dieta balanceada, rica em vegetais crus, frutas cítricas e fibras
- Não fumar
- Praticar atividades físicas regulares
- Tomar vacina contra a hepatite B
- Usar camisinhas nas relações sexuais
- Não se automedicar. Excesso de analgésicos pode afetar o fígado
Prognóstico
O câncer de fígado nem sempre tem cura e pode ser fatal. Se diagnosticado precocemente, o paciente tem maior chance de recuperação.
O carcinoma hepatocelular ocorre em mais de 80% dos casos de câncer de fígado e é bastante agressivo.